O filme “Uma mente brilhante”, com Russell Crowe e Jennifer Connely, é baseado na vida do matemático americano John Nash, famoso pela sua contribuição na muito interessante Teoria dos Jogos.
No filme, o grande insight de Nash ocorre na cena do bar. Nash e quatro colegas da faculdade estão bebendo. Uma loira atraente chega, acompanhada de algumas amigas não tão atraentes.
Vide vídeo no Youtube:
A primeira reação do grupo é citar Adam Smith: “Na competição, a ambição individual serve ao bem comum”. “Cada um por si”, diz um dos amigos, implicando que todos tentarão a sorte com a loira.
A conclusão de Nash é diametralmente oposta. Se todos chegarem todos primeiro na loira, levarão um fora, e as outras amigas se sentirão menosprezadas também darão um fora em todos.
A solução seria uma espécie de colaboração. Ninguém tem como alvo primário a loira. Cada um dos amigos chega em…
O Excel não foi feito para ser um banco de dados completo. Seguem alguns cuidados.
Notação decimal
Se escrevermos =1E3 numa célula do Excel, ele vai entender que é notação decimal (10 elevado à 3), e vai transformar o conteúdo em 1000 (teste em qualquer planilha).
Porém, e se o conteúdo que quisermos armazenar for realmente a string “1E3”? Teremos que mudar o formato da célula, de geral para texto, o que é possível, porém, requer atenção.
O mesmo é válido para qualquer número nesse formato.
Datas
Se escrevermos 1/mar numa célula qualquer, o Excel vai entender que é uma data, 01/março.
E se quisermos armazenar a string “1/mar”, por algum motivo? O Excel vai entender errado, novamente.
Números grandes
Da mesma forma, um número grande vai ser descrito em notação científica – vamos perder precisão, se o objetivo for armazenar exatamente todos os dígitos.
Muitos dos erros são devido ao tipo de conteúdo – número (int, float), datas, strings, etc.
Num banco de dados como o Access, temos que declarar o tipo da coluna em separado ao conteúdo, o que ajuda (mas não resolve totalmente) nesse tipo de problema.
Limite de linhas e colunas
Outro erro comum. O Excel antigo (até 2003) tinha 65 mil linhas – o que era suficiente na época, mas muito pouco hoje.
O Excel atual tem máximo 1 milhão de linhas e 16 mil colunas – e isso não é suficiente para um banco grande.
Um erro possível é truncar linhas de um banco de dados, e trabalharmos com menos informação que existe de verdade.
Caso: banco de genomas
Pode parecer improvável, mas é possível errar muito sem essas noções.
Estudo: 20% dos papers de genômica tinham algum erro de Excel.
Bases de genoma têm siglas esquisitas, como SEPT2 – que facilmente pode virar 2 de Setembro!
“Ornitorrinco (platypus) desenhado num estilho Kandinski”.
“Nietzsche com águia à direita e serpente à esquerda com background do sol se pondo” (essa é uma descrição de um capítulo do livro Assim falou Zaratustra, de Friedrich Nietzsche, um dos mais impactantes pensadores de todos os tempos).
“Balanço corpo e mente” – inclusive já usei uma figura gerada assim para post anterior.
“Tartaruga de Esopo vencendo corrida contra lebre”. Note que não ficou muito bom. O Dall-E não entende contos. O ideal é descrever detalhamente o que queremos que seja desenhado.
Baseado em palestra de Cynthia Rudin, Duke University, na Informs 2022.
A Inteligência Artificial (IA) tradicional é uma caixa-preta: entramos com dados (digamos, um milhão de fotos diversas) e com os outputs desejados (quais das fotos são rotuladas como gatinhos ou não), e o circuito interno é uma caixa-preta a ser treinada (uma rede neural de dezenas de camadas e milhares de neurônios por camada). O grande poder da IA dos últimos 10 anos derivou de conseguirmos melhorar essa caixa-preta cada vez mais.
Uma grande desvantagem desse tipo de método é como a rede neural vai se comportar com input totalmente desconhecido? Com algum caso nunca antes visto? Pode ser que ela classifique corretamente, pode ser que dê um resultado totalmente esdrúxulo.
Exemplos abundam, de como “enganar” uma IA.
Em métodos tradicionais de modelagem, entramos com inputs, as regras de decisão, e saímos…
É possível escolher modelos diversos, e importar. Por exemplo, um dinossauro.
Com o modelo na planilha, é possível girar, redimensionar, etc.
Enquanto um dinossauro 3D não tem muita utilidade, talvez um modelo 3D de um caminhão, ou vagão de trem, ou de uma peça, sejam mais próximos da nossa realidade. A mensagem é que possível incorporar modelos assim em planilhas.
Os juros compostos dão retorno exponencial. Um pequeno experimento, para mostrar a força dos juros compostos.
Suponha um investimento inicial e uma taxa. Na primeira coluna, calculamos juros simples, e na segunda, compostos. No início, é praticamente igual.
Com um pouco mais de tempo, a diferença começa a surgir.
A longo prazo, os juros simples têm comportamento linear, enquanto os compostos, exponencial, daí o seu poder.
Lições: para ter efeito de juros compostos, é necessário investimento constante e paciência, visão de longo prazo. É como a tartaruga do conto de Esopo, devagar e sempre.
“Jogue jogos iterados. Todos os retornos na vida, seja em riqueza, relacionamentos ou conhecimento, vêm de juros compostos” – Naval Ravikant
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